Como a gente vai ser brasileiro?, pergunta Silva nos primeiros segundos de seu novo álbum de estúdio, batizado exatamente de \”Brasileiro\” . Ao longo dos 44 minutos seguintes (que se espalham em 13 faixas inéditas), o compositor traça uma trilha de respostas possíveis para essa pergunta. Uma questão fundamental em duas dimensões: por um lado, para um país que atravessa uma encruzilhada histórica, com horizontes nebulosos; por outro, para um artista que busca reconstruir sua identidade a partir da proximidade com sonoridades de sua terra. Como referência \”Brasileiro\”, traz os discos de João Gilberto ouvidos em casa desde criança – e toda a MPB clássica. Mas traz também o axé cadenciado do início dos anos 1990, de Daniela Marcury, Banda Mel, Cheiro de Amor – familiar ao universo praieiro de seu Espírito Santo natal. E o pagode romântico de Só Pra Contrariar e Raça Negra. E Adriana Calcanhotto. E Marina Lima. E Marisa Monte. Em suma, a canção radiofônica daquele período que formou o músico desde a infância.
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